Nesse CEEB estamos debatendo diferentes tipos de democracia, ao tratarmos sobre o estatuto da UEE. Um lado defende as eleições diretas ou semi-diretas para a UEE, e outro defende uma democracia que considera mais avançada – o poder das entidades de bases.
Poder das entidades de base é melhor até mesmo pelos critérios das eleições diretas
As entidades de base são eleitas em eleições diretas, que somadas possuem mais votos que as eleições de DCE, de delegados para UEE e UNE, e mais votos que teria qualquer eleição direta para a UEE. Essas eleições de entidades de bases são mais limpas, pois com um número menor de eleitores há pouco espaço para o poder financeiro e para práticas aparelhistas.
A UJS agora é quase-MUDE
Em 1993, um enorme leque de forças, desde tendências do PT e a CS (que seria o PSTU) até a direita, contando com o apoio da imprensa capitalista - Veja, Folha de S.Paulo, Estado de São Paulo, Estado de Minas etc. – formou o MUDE, defendendo as eleições diretas para a UNE. A UJS então destacou-se no combate às eleições diretas. Agora, aceita uma lógica parecida, pois quando o universo de eleitores para escolher um delegado passou de um curso para uma universidade, o poder da “grana” se multiplicou. O MUDE não venceu a UJS à época, mas parece que agora sim.
Grandes eleições diretas só legitimam o poder do capital
É impossível que alguém não compreenda que a democracia brasileira distorce a vontade do povo, dando aos poucos capitalistas um poder muito maior que aos milhões de trabalhadores e pobres em geral. 60% dos trabalhadores mineiros ganham até um salário mínimo, e qualquer campanha para mais que algumas centenas de pessoas gasta-se muito dinheiro! Assim é para qualquer sindicato, entidade estudantil, etc. O poder das entidades de base não gasta quase nada, o poder dos congressos com delegados eleitos em eleições por cursos gastam algum dinheiro, dos congressos com delegados eleitos em diretas por universidade gastam mais ainda, e eleições diretas para toda a diretoria gastam uma fortuna. Os estudantes possuem menos poder, quanto mais poder tem o capital.
Estranho amor às bases
Todo mundo jura que deseja o fortalecimento das organizações de base. Todo mundo jura que deseja o poder dos estudantes sobre suas entidades. Mas alguns querem ficar longe de ambos, pois com eleições diretas ou semi-diretas só querem ser legitimados por essas bases de dois em dois anos. Não aceitam poderem ser depostos por esses estudantes tão poderosos!!? Preferem ser conhecidos por panfletos do que constantemente terem que ser reeleitos em suas bases.
Peçam eleições diretas para o governo de Cuba!
Estranhos comunistas! Daqui uns dias podem pedir que os cubanos abandonem sua democracia e adotem o sistema político capitalista, as eleições diretas. Esperamos que não caiam nessa armadilha, pois as eleições cubanas proíbem o uso do dinheiro, e mesmo assim limitam o tamanho dos colégios eleitorais, de forma que têm mais de 700 deputados, pois um a cada 20 mil habitantes. Fidel, camaradas, não teme as bases. Tem sido eleito e reeleito em seu distrito eleitoral, pois se não fosse, não seria deputado, e portanto não poderia ter sido membro do Conselho de Ministros, e daí nunca poderia ter sido presidente do mesmo. Se tivesse, em tantos anos, sido deposto pelos demais ministros, ou pelo Conselho de Estado escolhido pelo parlamento, ou pelo parlamento, ou pelos eleitores de seu distrito, teria que abandonar seu posto! Notem a diferença entre os comunistas e os capitalistas.
Defendam o poder das entidades de base, que é o único poder dos estudantes!
"Defendam o poder das entidades de base, que é o único poder dos estudantes!
ResponderExcluirPostado por PCB Ipatinga às 17:46 "
Mas que contradição de barbeiragem!
Foda-se os partidos, que a Sociedade do Conhecimento surja para iluminar nossos caminhos.